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Com 11 anos de funcionamento, Lei Seca ajuda a reduzir mortes



Dados do Ministério da Saúde apontam que o número de óbitos em acidentes de trânsito caiu de 44,8 mil em 2012 para 41,1 mil em 2017. Uma das razões foi a mudança no comportamento dos motoristas a partir do endurecimento da Lei Seca, que ontem completou 11 anos. Em Pernambuco, as operações voltadas a combater a mistura álcool e direção começaram em 2011, quando a aplicação das sanções e as ações de conscientização passam a ser utilizadas de forma mais ampla.

A Secretaria Estadual de Saúde (SES) reconhece que precisa avançar em alguns pontos para atingir as metas estabelecidas. “Precisamos ampliar as operações da Lei Seca, sobretudo no interior do estado. Os números comprovam que a fiscalização interfere diretamente na redução das mortes de trânsito. Além disso, precisamos aumentar as ações de educação para o trânsito, pois isso consolida a mudança no comportamento do condutor”,- disse o gestor da Operação Lei- Seca no estado, Felipe Gondim.

Mesmo com o aumento progressivo das abordagens, as not if icações por alcoolemia (quando há a constatação do consumo de bebida alcoólica, crimes de trânsito ou a recusa ao teste do bafômetro), caíram pela metade no estado, contabilizando 4,3 mil no ano passado contra mais de 8,6 mil em 2012. Diariamente, treze equipes - entre fiscalização e educação - atuam em todo o estado. Em 2015 foi registrada uma taxa de mortalidade por Acidentes Terrestres de 20,4 (número de óbitos por 100 mil habitantes) em Pernambuco, caindo para 17,8 em 2017.

As notificações por alcoolemia chegaram a representar 3,43% do total das abordagen das blitze da Lei Seca em 2012.Entre 2013 e 2017, a média foi de 1,6%. Em 2018, o percentual destas infrações ficou em 0,97% - o menor índice desde o início das fiscalizações comandadas pela SES. Esses números reafirmam a mudança no comportamento do motorista nos oito anos de operação no estado. O Relatório Estatístico de Segurança Viária II - Álcool, da Coordenação Nacional da Operação Lei Seca, Universidade Federal do Paraná (UFPR) e Observatório Nacional de Segurança mostra que Pernambuco é referência nacional nas ações de combate à mistura “direção e bebida”.

Fonte: Diário de Pernambuco

PDF: Teste.pdf


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